quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Augusto de Vasconcellos Bittencourt

Augusto foi uma personagem que apareceu nas primeiras referências sobre a diáspora dos Vasconcellos Bittencourt, das Minas de Rio de Contas, na Bahia, para Casa Branca, em São Paulo. O seu nome figurava como um dos sócios, ao lado de José de Vasconcellos Bittencourt Júnior, da Fazenda Terra Vermelha. Lugar de moradia de Rodrigo, filhos e netos, sempre mencionado como local de nascimento destes últimos.

Augusto foi vereador em Casa Branca (1887-1890), foi também Agente do Correio, teve firmas em São Paulo e Rio de Janeiro, possivelmente para o comércio de café.

Era casado com Dona Leonilla de Vasconcellos Magalhães, também oriunda da Bahia, Augusto faleceu em 28 de maio de 1914, em Casa Branca. O casal deixou dois filhos homens, Agripino e Augusto Júnior (1). Três filhas são mencionadas, Adalgisa, casada com Francisco Inácio da Silva (em 1868); Atília, casada com João de Sillos Lima, em 1893e Amelia, casada com Gabriel dos Santos Figueiredo.

As referências à fazenda que possuía em sociedade com José, e um artigo de um jornal de Tambahu, fizeram crer que  fosse irmão do Coronel Cazuza (José de V. Bittencourt) e de Rodrigo. Contudo, uma nota publicada na edição de 17 de maio de 1909, do jornal O Estado de São Paulo, aponta em outra direção. Diz a nota, ter falecido em Casa Branca a "veneranda Senhora D. Anna Amélia de Moura Bittencourt, mãe do Sr. Capitão Augusto de Vasconcellos Bittencourt".

A Dona Anna seria a filha de Martiniano de Moura e Albuquerque(2) e D. Francisca Joaquina. Dona Anna Amélia(1810-1909) era casada com o Major Francisco de Vasconcellos Bittencourt (1810-1886) e tiveram muitos filhos(3). O Major Francisco, por sua vez, era filho Francisco de Vasconcellos Bittencourt e Maria Delfina de Souza. Estes são irmãos respectivamente de José de Vasconcellos Bittencourt e Gertrudes Spínola de Souza, já mencionados em outras postagens.

Assim, Augusto não era irmão de Rodrigo e José (Coronel Cazuza), e sim primo em segundo grau. O entrelaçamento entre as famílias e a repetição dos nomes própios geração após geração, contribuem para que os nomes sejam confundidos. No caso específico, embora não fossem irmãos, suas esposas, Umbelina e Leonilla eram irmãs. Ambas eram filhas do Capitão Brás de Vasconcellos Bittencourt e Antônia Francisca de Magalhães. Para complicar mais um pouco, tanto Brás quanto Antônia eram netos de Timóteo Espínola de Souza.

(1) Aggripino casou-se com Margarida Rodrigues, com proclamas publicadas em abril de 1917. Ele empregado público, ela engomadeira, viúva. À época já eram falecidos Augusto e Leonila. 
(2) Martiniano foi morto, em abril de 1846, por Leolino Canguçu e homens a seu serviço, em meio ao episódio conhecido como Guerra dos Moura. Martiniano era pai de Joaquim Augusto Moura, posteriormente agraciado com o título de Barão de Villa Velha.
(3) O casal Francisco e Anna Amélia teve os seguintes filhos: Francisco(1844-1903), Maria Delfina de Moura Bittencourt(1845-  ) cc José de Lacerda Abreu, Augusto (1846-1914), Elisa de Moura Bittencourt (1847-   ), Auta Amélia de Moura Bittencourt (1848-1958) cc Gabriel de Vasconcellos Bittencourt(1875-1939), Idalina Augusta de Moura Bittencourt (1860-1901)

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