Natureza "antártida"

Dr. Osvaldo Lima gostava de uma farra. Bebia, fazia e pintava, atirava, fazia mil coisas e tal. Então, certo dia, em Lagoa Real, amanhecendo o dia por ali, ele encontra um sujeito chegado de São Paulo.
Apresentaram o rapaz a Dr. Osvaldo. Ele conhecia e falava com todo mundo, era uma pessoa simples, mas era meio... como é que se diz? Meio medonho, temido. Todo mundo tinha medo dele porque ele atirava mesmo em quem quer que fosse.
Ele botava todo mundo pra dançar, pra pular, pra sambar, e ele no meio também. “Prá, prá, prá” atirando no pé de todo mundo.
Então ele encontra esse sujeito, e pergunta sobre a viagem a São Paulo, e tudo mais. Seguem conversando. Andando pela feira, o sujeito, querendo se desfazer do povo da roça, e com soberba, falou assim:
- “Doutor, como passam esses míseros vaqueiros, comendo essas massas intupetivas? Não é como nós que amanhecemos o dia, tomamos café com pão, manteiga e ‘leite condescendente’, e estamos sempre com a natureza ‘antártida’”.
Dr. Osvaldo ficou impressionado com aquilo e disse:
- “Vou levar esse sujeito pra tomar café comigo e quero ver o quê que ele comeu hoje”. E tanto enrolou que levou ele pra tomar café.
O rapaz disse que não queria, não queria, mas acabou aceitando. Só que Dr. Osvaldo, por maldade, botou sal no café e outras misturas indigestas, e o certo é que o que o sujeito tomou, mas vomitou tudo e alguma coisa mais. Só saiu café preto com farinha - era a massa e supletivos dele. Não teve leite condescendente, nem pão com manteiga.
Coitado, foi mexer logo com quem? Dr. Osvaldo.

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